Você já pode ter se perguntado - seja por que motivo for - por que nasceu exatamente dentro do contexto familiar que possui. Isso não é sobre questionar se isso é bom ou mau, certo ou errado. Fato é que, para muitos, em algum momento da vida, não faz sentido continuar suprimindo a sua autenticidade para pertencer ao seu grupo de origem.

Cada um de nós traz histórias muito particulares. Há os que não tiveram a companhia de um ou de ambos os pais, os que têm uma família afetuosa e numerosa, os que não possuem boas lembranças no seu trato familiar, os que foram levados à adoção, bem como há os filhos evanescentes (que, em decorrência de abortos provocados ou espontâneos, não chegaram a nascer).

Em toda essa dança há aprendizados, partilhas, conquistas, bênçãos e dores, muitas dores. A causa de todas elas está lá no fundo do inconsciente mas, mesmo assim, isso não desobriga ninguém do dever de buscar essas causas, ainda que isso enseje a própria separação de seus entes familiares, mas apenas presencialmente, pois o parentesco é indissolúvel na matéria.

A Família de Origem na Terra

Lealdades, emaranhamentos sistêmicos e... ciclos repetitivos

Você não está aqui por acaso.

E o que te mantém nesse lugar está, em algum grau, relacionado ao passado da sua família. Por quê? Porque, para a grande maioria, retornar à Terra ainda envolve muitos karmas acumulados em outras linhas de tempo e isso implica repetir vivências familiares ocultas no inconsciente, que vêm sendo retransmitidas geração após geração.

E, como não poderia deixar de ser, a dinâmica daqueles que te receberam e cuidaram de você, do nascimento até a maioridade, espelha aquilo que mais você veio curar.

Por isso o seu núcleo familiar de origem é o lugar onde mais se evidencia, num primeiro momento, o que de mais profundo você veio rever, resgatar e limpar nos seus registros akáshicos, na sua memória de alma, por revelar as experiências em que você ainda não atingiu o grau de maturidade suficiente para deixar de reeditar provas e expiações em suas passagens pela Terra.

Ou seja, a forma como você se vê dentro da sua família de origem - tenha ela a configuração que tiver - é um dos mapas mais seguros para te auxiliar a iniciar um processo de autoconhecimento.

Sim, é isso mesmo. Se você está na Terra em 2025 há muitas dinâmicas invisíveis agindo em seu inconsciente e isso também traduz a existência de lealdades ou emaranhamentos em relação ao destino de um ou de vários dos seus antepassados que ainda te mantém no ciclo de mortes e renascimentos.

Em outras palavras, até que você cure suas memórias e se torne mestre de si mesmo, excluindo a necessidade de retornar a um corpo denso para fazer novos resgates aqui na fisicalidade, haverá novos retornos.

O que fazer com isso? Bem, você pode escolher entre uma vida autêntica, criativa, próspera e abundante ou continuar repetindo ciclos familiares de dor, escassez, fracassos, adoecimentos e perdas.

E isso vai requer dedicação, intenção clara e coragem pra assumir culpa e responsabilidade. Por você, através deles, é possível seguir adiante.

Muitas pessoas confundem isso com ser desleal ou perder o direito de pertencer.

Mas, enquanto você escolher sentir um amor cego e condicional continuará vivendo o menos e jamais alcançará a verdadeira honra ao seu sistema familiar, pois o único caminho capaz de te levar ao Mais está em seguir o seu próprio destino.

Transitar na matrix tridimensional significa dançar num grande baile de máscaras. Há os que usam máscaras claras, coloridas, gentis, alegres e há também os que preferem máscaras sombrias, apagadas, adoecidas, mas nada disso corresponde à essência divina em cada um dos seus portadores.

De fato, o que vemos com os nossos olhos físicos em nada traduz os bastidores do que verdadeiramente mantém os humanos na atual fase do planeta, ainda em transição entre uma fase de expiação e provas para outra, de regeneração, pois há inúmeros resgates a serem feitos até que não mais precisemos retornar para purgar nossos karmas.

A própria vibração tridimensional ainda é sobremaneira densa, requerendo uma composição bioquímica deveras pesada em relação à estrutura que compõe o corpo humano de que necessitamos para retornar a uma experiência de vida aqui.

Nesse sentido, além das relações visíveis com a família de origem, trazemos no bojo das realidades paralelas em que nossos fractais de alma coexistem durante as nossas passagens pela Terra - até que alcancemos um estado de consciência elevado e retornemos à Unidade - inúmeras maldições hereditárias, pactos e contratos que firmamos em outras linhas de tempo e que comprometem demasiadamente o nosso trânsito e evolução.

Mas o que significa tudo isso? Quando, numa determinada encarnação, um contrato é feito em detrimento da vida de qualquer dos seres vivos que compõem os reinos existentes no planeta, seja em troca de favores materiais (posse de bens, conflitos pela posse de terras etc.), seja para tentar ancorar determinados relacionamentos pessoais ou profissionais (amarrações, magias, feitiços, juras de amor eterno etc.) ou para forjar lugares sociais em busca de poder, tudo isso impregna o perispírito, desde o reencarne, de informações extremamente grosseiras que gerarão vibrações densas e que trarão perturbações de diversas ordens nas esferas física, mental, emocional e espiritual.

Com esse histórico, advêm os relacionamentos kármicos, ou seja, vinculações humanas a lugares, pessoas ou situações que suscitam gatilhos de dor, privação, escassez e morte no inconsciente em razão dessas dinâmicas ocultas que precisam ser dissolvidas, com a necessária aceitação e aquisição de consciência, propiciando as liberações capazes de restabelecer equilíbrio em todas as esferas da vida.

Passar por essas liberações não é um processo nada simples, fiquem sabendo disso. Mas a outra opção não é nada atrativa: permanecer em estado permanente de desalinhamento energético devido à presença desse tipo de karma é como tentar sobreviver e, muitas vezes, nem mesmo conseguir suportar a sua permanência aqui. É preciso contar com ajuda profissional gabaritada para contar com o auxílio necessário a essa travessia.

E, não importa com o que você se depare, é preciso se amar e honrar a chance de retornar à Terra, pois isso envolve o trabalho de muitos engenheiros cósmicos em favor de você, o tempo todo.

Maldições, pactos e contratos sociais