O Fim de uma Era
Quando a Repetição do Passado não é mais Possível
Kali Yuga: Das Trevas à Luz


Tudo na Natureza se manifesta em movimentos contínuos ao longo do tempo, seja através das estações do ano, das experiências inerentes ao período entre o nascimento e a morte de seres vivos ou até mesmo durante um único dia, desde a aurora até o ponto mais alto da noite.
Para os hindus, essa impermanência envolve, no que diz respeito ao planeta, um cenário ainda mais profundo, relacionado à própria constituição do mundo, visto que cada corpo celeste é criado com um propósito divino.
Portanto, considerando o conhecimento antigo trazido à Terra através da Índia, cada um desses ciclos evolutivos recebe o nome de Yuga, cuja vibração oscila entre a abundância e a escassez morais com que os humanos escolhem transitar aqui.
Nesse sentido, seguindo a contagem de tempo adotada pelos hindus, nós estamos encerrando mais um ciclo relacionado à Idade do Ferro, período conhecido como Kali Yuga, que representa a fase em que presenciamos um estado de profunda degeneração humana, em todas as áreas da vida.
Sem trazer grandes aprofundamentos aqui, Kali é a face da energia feminina (criativa) que traz o maior poder de destruição da prevalência do ego humano sobre a Alma imortal. Para isso, ela opera dentro um convite inexorável para que conheçamos o que há de mais sombrio em nós, aquilo de que tentamos fugir sem sucesso, que tentamos colocar para baixo do tapete da vida, sempre nos exortando a iluminar as nossas trevas com o fogo da transmutação e da transformação pelo autoconhecimento e libertação de ciclos de dor, a fim de vivenciarmos o melhor de nós mesmos.
Isso quer dizer que depois de cerca de 24.000 anos, voltamos ao fundo do poço. E que não há como continuar assim, porque, por uma decisão infinitamente maior do que a capacidade humana de gerir ações e escolhas, limitadas pelo campo dos sentidos, a vibração do planeta está retornando à frequência da Satya Yuga (Era da Verdade), ou Idade do Ouro, ou seja, o retorno dos humanos a uma vida de autenticidade, valores e princípios elevados, autoconhecimento e clareza, na frequência do amor incondicional, onde não há mais sentido de lutar nem fugir diante de quaisquer outros seres vivos nem de negar a si mesmo perante a sua própria divindade.
Ou seja, estamos sendo convidados a nos restaurar, das trevas do inconsciente humano ao ouro da supraconsciência. Mas, como meras criaturas que somos, nosso convite tem data para expirar aqui na Terra, já que a sabedoria divina é soberana.


Os Contratos Reencarnatórios
Antes de cada um de nós nascer aqui na Terra são feitas amplas reuniões pelos Conselhos Superiores que cuidam de cada área específica do planeta. Isso se dá porque quando uma alma aporta num orbe há uma multidão de seres (engenheiros cósmicos) dando-lhe o suporte necessário ao seu desenvolvimento, visto que nada aqui acontece por acaso.
Além disso, como as realidades paralelas são diversas, há um conjunto de experiências, ações e decisões que contribuem para desenhar o cenário a partir do qual cada ser iniciará uma nova jornada, seja em relação ao seu corpo físico, ao ambiente familiar e às bênçãos e desafios a serem enfrentados desde o momento da concepção.
Isso transita, pois, numa camada de planejamento que não se refere apenas a uma alma, mas sim a uma equipe multidimensional, que se encarregará desde o instante do nascimento até após o desencarne de cada um dos humanos aqui presentes. E assim é desde a criação da Terra.
Como nada aqui está dissociado da Fonte, todos nós somos trazidos ou nos permitimos retornar a fim de realizar uma Intenção Maior, pois isso, muito embora o livre arbítrio seja sumamente respeitado, existem Leis Universais que regem absolutamente todas as formas de vida aqui manifestadas, visíveis e/ou invisíveis.
Nessa atmosfera reencarnatória, muitos são os tipos de contratos a que cada um aceita se submeter ou está a ser submetido (o que só acontece em casos extremos, nas reencarnações compulsórias) para retornar. Em quaisquer casos, o que se está a visar é sempre o Bem e a evolução.
Portanto, há os que estão em missão planetária - como é o meu caso - e os que ainda não estão, seja porque não aceitam compromissos maiores ou não se desenvolveram o suficiente para compreender mais a fundo os motivos pelos quais estão nesse ou naquele formato de corpo físico, nessa ou naquela situação familiar, mas, enfim, o fato é que antes que o chorinho da criança ecoe há alguns passos preestabelecidos num instrumento firmado entre mundos, pois ninguém suportaria permanecer aqui não fosse o auxílio constante das equipes espirituais.
Toda ação é karma.
Isso significa tão somente que tudo o que é praticado por você vai sendo paulatinamente armazenado na memória akáshica, como um imenso HD, que informa o modo como o início de cada jornada sua aqui na Terra acontecerá. O akasha ou éter é o elemento primordial, a partir do qual todos os demais, água, terra, fogo e ar, são produzidos e manifestados no planeta.
Por isso as ações e decisões que você escolhe praticar durante um ciclo de vida serão consideradas no bojo do que você vier a experimentar posteriormente. Isso envolve a definição do aspecto que o seu corpo físico terá, quem serão seus pais, como será a casa em que você morará ao nascer, quantos irmãos você terá, como será sua vizinhança... ou seja, as suas atitudes informam ciclicamente o ambiente inicial do seu próximo ponto de partida reencarnatório.
Mas é apenas isso, um instante inicial, um marco, nunca uma sentença que define tudo o que você poderá experimentar aqui. Tudo o mais que lhe advier decorre das escolhas que você fizer a partir do que acontecer a você.
O Karma está relacionado a uma das Leis Universais, qual seja, a Lei de Causa e Efeito. Quando você pratica uma ação contrária à vibração original do Universo (amor incondicional) isso gera efeitos (manifestações físicas) diretamente proporcionais à vibração das respectivas causas e, com isso, até que você não consiga se realinhar à Fonte, você retornará e experimentará encarnações sucessivas.
